Perigos do uso de remédios sem indicação médica
Não é segredo para ninguém que o uso indevido de remédios pode acarretar problemas sérios. Por isso, já deixo claro que não compactuo com a prática de automedicação.
Muitas vezes um “simples” medicamento pode entrar em choque com outros que o paciente esteja ingerindo, e isso não é bom. Pensando nessa problemática, resolvi escrever este artigo para tirar algumas dúvidas sobre medicamentos e sua posologia.
O que são remédios?
Os remédios são os recursos usados para aliviar e/ou curar o desconforto, a dor ou a enfermidade do paciente. A título de curiosidade, uma preparação “caseirinha” com plantas medicinais pode ser considerada um remédio, mas ainda assim não ser um medicamento.
O remédio também é um recurso terapêutico amplamente utilizado para combater sintomas e/ou doenças. Um bom exemplo disso é a utilização dele na fisioterapia, psicoterapia, cirurgia, acupuntura, momentos de repouso, entre outros.
Cuidado! Nem todos os remédios são isentos de risco! Por exemplo, o uso de vários chás e preparados de plantas podem causar reações adversas importantes.
O que são medicamentos?
Medicamento é um termo que provém do latim conhecido como medicamentum, sendo o mesmo termo que deriva palavras como medicar, medicina, médico, etc. Também está ligado ao verbo chamado medeor que, de forma direta, significa tratar, proteger e cuidar.
Os medicamentos, de forma geral, são preparações e/ou substâncias utilizadas como remédio, que são elaborados em indústrias farmacêuticas ou farmácias; um bom exemplo são as de manipulação, que devem atender especificação técnica e legal vigente na ordem nacional e/ou internacional, se for o caso.
Ou seja, o medicamento é um produto cuja sua finalidade é curar doenças, aliviar sintomas, prevenir ou diagnosticar. Por isso é sempre bom ter clareza da reação esperada ao consumir um medicamento.
A maioria dos medicamentos são utilizados para alívio de sintomas costumeiros, como inflamações, corizas, vômitos, tosses, febres, náuseas, ansiedade, insônia, dores etc.
Você sabia que vacina também é um medicamento? Pois é, isso se deve ao fato de que alguns medicamentos são utilizados para a prevenção de muitas doenças, são eles, também, os antissépticos, profiláticos da cárie, soros minerais e enzimáticos, complementos vitamínicos, etc.
Há também medicamentos que ajudam no diagnóstico de várias doenças, um exemplo bem comum são os contrastes radiológicos (hepático, digestivo, renal), meios auxiliares para o diagnóstico oftalmológico, etc.
Qual a diferença entre remédio e medicamento?
Você com certeza deve ter achado que não existe diferença alguma entre remédios e medicamentos, mas ocorre que isso é errado. Os medicamentos, como já explicado, são substâncias severamente estudadas, elaboradas e testadas pela indústria farmacêutica, com o objetivo de aliviar sintomas, curar, prevenir e diagnosticar doenças.
Já o remédio é muito mais amplo, pois se trata de qualquer tratamento terapêutico relacionado ao tratamento de doenças e alívio de sintomas. Pode ser um chá, uma massagem, um soro caseiro, tudo isso é considerado remédio, no entanto, não são medicamentos.
Logo, os medicamentos podem ser considerados remédios, mas os remédios não podem ser considerados medicamentos, pois não se submeteram ao estudo rigoroso e a especificações técnicas e legais.
Quais os tipos de medicamentos?
Os medicamentos são separados por categorias e para facilitar a compreensão delas, o Ministério da Saúde, que é responsável pelas regulamentações da lei dos genéricos, regularizou um tipo gráfico para ser visualizado em todas as embalagens de remédios genéricos.
Você com certeza sabe claramente quando o medicamento é genérico ao ver sua embalagem, certo? Isso se deve ao fato de que logo abaixo no nome do princípio ativo do remédio, que identifica o produto, vem a frase “medicamento genérico, Lei 9.787/99”.
Medicamentos parecidos são vendidos com o nome de marca comercial, por isso não terão essa identificação de medicamento genérico. Então basta você se atentar a essa observação para conseguir diferenciar um medicamento genérico de um similar.
Como o medicamento age no nosso corpo?
A diferentes vias de administração de remédios que você pode utilizar, como a injeção, inalação, sublingual, uso tópico pela pele, via oral e gotas.
Geralmente, a forma que ele pode ser utilizado vem especificada na bula. A título de curiosidade, existem 4 etapas do remédio no corpo humano, sendo elas a absorção, distribuição, metabolismo e excreção.
Ao tomar um remédio, ele rapidamente passa pelo esôfago e vai direto para o estômago, o ácido estomacal será responsável para dissolvê-lo. Em casos de cápsulas ou pílulas, onde há um revestimento, o estômago não consegue absorvê-las, o que faz o princípio ativo do remédio chegar ao intestino, órgão responsável pela absorção de boa parte dos medicamentos.
E é justamente por isso que medicamentos possuem formas e revestimentos diferentes.
A importância do acompanhamento médico.
O acompanhamento médico é sempre importante ao se fazer ingestão de medicamentos.
Automedicação é uma prática perigosa à saúde do próprio corpo, que pode te levar a problemas sérios.
Então, se você está em dúvida sobre qual medicamento utilizar para alguma finalidade específica, procure um médico especializado na área.