O que é anestesia?
Anestesia é algo que todos já ouviram falar, mas poucas pessoas realmente sabem o que é.
Existem muitos mitos sobre o assunto, e várias coisas que são disseminadas que não são verdade.
Pensando nisso, respondi neste artigo as dúvidas mais comuns sobre a aplicação da anestesia, seus tipos e efeitos.
O que é a anestesia?
A anestesia é o estado de ausência total de dor e algumas outras sensações durante uma cirurgia, curativo ou exame de diagnóstico.
Ela pode ser parcial (também conhecida como regional e/ou local), que é quando só uma região do corpo humano é anestesiada.
E também pode ser geral, ou seja, o seu efeito se aplica no corpo inteiro. Na anestesia geral, o paciente adormece.
Já no caso da parcial o paciente pode permanecer acordado ou dormindo. O que vai definir isso é o procedimento a ser realizado. A parte anestesiada fica ausente de qualquer dor.
A anestesia dura a quantidade de tempo necessária para que seja realizado o procedimento médico ou cirúrgico.
O seu efeito pode, inclusive, inibir a dor por um período indeterminado de tempo após o procedimento (embora o médico responsável saiba precisar esse tempo).
Finalidade da anestesia
Como vimos, a finalidade das três modalidades de anestesia (geral, regional e local) é bloquear a sensação de dor.
No caso das anestesias locais o único objetivo é cortar a dor por um período de tempo. Geralmente, esse tipo é utilizado em procedimentos mais simples e rápidos.
Mas existem alguns outros procedimentos que não basta bloquear a dor do paciente, principalmente os que são mais invasivos.
Nesses casos, é necessário anestesia geral.
Em cirurgias a anestesia também adota algumas outras funções além de tirar a dor.
Vai servir, também, para bloquear a musculatura do paciente para que ele não se movimente durante o procedimento cirúrgico.
Também tem o efeito de amnésia, para que o paciente esqueça dos acontecimentos ocorridos durante a cirurgia, mesmo quando ele permanece acordado (nos casos de anestesia regional ou local).
Anestesia geral
Como já mencionado, essa espécie de anestesia é indicada para cirurgias de maior complexidade e de grande porte.
Ela se faz necessária pois não é suficiente que apenas uma parte do corpo seja anestesiada.
Um bom exemplo é um simples corte na pele para remoção de algo mais superficial, e cortes nos órgãos, como retirar um órgão do abdômen ou cortar uma parte do intestino. Dá para perceber a gravidade nos dois últimos casos, certo?
Há também as cirurgias que são muito extensas, onde não é possível gerar o bloqueio de várias camadas e tecidos do corpo apenas com anestesia local.
Quando a anestesia geral é utilizada, o paciente fica completamente inconsciente e sem a capacidade e locomoção. Normalmente, ele fica intubado e ligado a um respirador artificial.
Ainda corre o mito de que esse anestésico é perigoso, o que não é verdade, principalmente na atualidade, sendo um procedimento bem seguro e eficaz.
Para se ter uma ideia, a cada um milhão de cirurgias, apenas 1,4 apresentam complicações por causa da anestesia geral. Ou seja, os riscos são muito baixos.
Anestesia regional
A anestesia bloqueará a dor de apenas uma região do corpo, podendo ser uma perna, um braço, abaixo do abdômen, ou até mesmo toda a região inferior do corpo.
Ela é dividida em dois tipos: anestesia raquidiana (ou raquianestesia) e anestesia peridural.
Anestesia raquidiana
Utiliza-se uma pequena agulha que será inserida nas costas, de modo a atingir o espaço subaracnoide, dentro da coluna espinhal.
Na sequência o anestésico é injetado dentro do líquido espinhal (líquor), provocando o relaxamento muscular e a dormência temporária da região.
A raquianestesia é muito utilizada em cesarianas e nos procedimentos ortopédicos em membros inferiores.
Anestesia peridural
Ela é um pouco semelhante a raquianestesia, mas tem alguns pontos que os diferem.
Na peridural o anestésico é injetado ao redor do canal espinhal (região peridural), e não dentro, como é o caso da raquidiana.
Na peridural utiliza-se um cateter para que o anestésico possa ser injetado. Além disso, o anestésico precisa ser administrado constantemente através desse cateter.
A anestesia peridural pode continuar a ser administrada no pós-operatório para controle da dor nas primeiras horas após a cirurgia. Bastando manter a infusão de analgésicos pelo cateter.
Anestesia local
Essa é a mais comum de todas, onde o objetivo é bloquear a dor em uma pequena localidade do corpo, geralmente, na pele.
A anestesia local é habitualmente feita com a injeção de lidocaína na pele e nos tecidos subcutâneos. Ela serve para bloquear a dor em uma variedade de procedimentos médicos, como punções de veias profundas. biópsias, punção lombar, suturas da pele, punção de líquido ascítico ou de derrame pleural, etc.
A anestesia local também pode ser feita através de gel ou spray, como nos casos das endoscopias digestivas.
De forma geral, este é um pequeno resumo sobre anestesia. Fique atento aos conteúdos do site.