Quais são os efeitos da morfina?
A morfina foi usada pela primeira vez por Friedrich Sertürner, em 1804. Mas a sua distribuição só começou em 1817. O comércio dela foi liberado em 1827, pela Merck, uma pequena empresa química.
Uma curiosidade divertida é que essa substância recebeu esse nome por causa do deus grego Morfeu, que é conhecido como o deus mitológico dos sonhos.
O que é morfina?
É um fármaco narcótico do grupo dos opioides. Ela é extremamente eficiente no tratamento de dores crônicas e dores agudas bem intensas, como pode ocorrer em cirurgias, queimaduras de grau elevado, nos sintomas de doenças graves, como o câncer, por exemplo.
Esse remédio pode ser comprado em farmácias convencionais, com o nome de Dimorf. No entanto, para que sua venda seja realizada, é necessário ter em mãos sua receita médica especial, já que o uso de morfina pode causar dependência.
O valor em que ela é comercializada pode variar de trinta a noventa reais, vai depender da dosagem e quantidade em cada caixa do medicamento.
Serve para quê?
Como já mencionado, a morfina é prescrita para o alívio imediato de dores intensas, sejam elas crônicas ou agudas.
A morfina age no sistema nervoso central e em outros órgãos do corpo humano com musculatura lisa, para o controle desse sistema.
Posologia e administração
As formas mais comuns de se fazer uso da morfina são via subcutânea, epidural, intravenosa, intramuscular ou via oral. As formas transdérmica e intranasal são menos usadas.
O modo de uso varia de acordo com o tipo de dor de cada paciente, e tão somente o médico que lhe acompanha poderá receitar a posologia adequada para você.
O seu efeito dura, em médio, 4 horas, mas se o comprimido seja de liberação prolongado, sua duração pode chegar até 12 horas após a administração da morfina.
Essa substância é metabolizada no fígado. Ultrapassa a barreira hematoencefálica e a placenta, por isso não pode ser usada durante a gestação.
Efeitos colaterais
Durante o tratamento com morfina, podem surgir alguns efeitos colaterais, sendo os mais comuns: vertigem, tontura, náusea, sedação, vômito e aumenta da transpiração.
Os mais severos são depressão circularia e respiratória, choque, parada cardíaca e parada respiratória.
O excesso desse medicamente pode causar dificuldade respiratória severa e sonolência. Caso isso ocorra, o paciente deve ser encaminhado para a emergência com cuidados médicos intensivos e o antídoto também específico, conhecido como Naloxona.
Quem não pode usar morfina
Esse medicamento é contraindicado para pessoas com hipersensibilidade aos componentes da fórmula, que apresentem depressão respiratória ou insuficiência.
Se o paciente sofrer de depressão do sistema nervoso central, crise de asma brônquica, insuficiência cardíaca secundária, arritmia cardíaca, doença pulmonar crônica, lesões cerebrais, tumor cerebral, alcoolismo crônico, tremores, obstrução gastrintestinal e íleo-paralítico ou doenças que causam convulsões.
Além disso, a morfina também está contraindicada em crianças menores de 18 anos e não deve ser usada por grávidas sem orientação médica.
Alguns mitos sobre a morfina
Morfina via oral não serve: A morfina oral tem o mesmo efeito da morfina parenteral, deve-se estar atento para as equivalências nas conversões de via oral para parenteral.
A administração via oral é tão eficiente quanto qualquer outra forma, principalmente levando em consideração que é o médico que prescreve a melhor de ser administrada em cada paciente.
Morfina é para quem está em estado terminal: Esse mito vem historicamente da dificuldade de acesso a ela, bem como a contribuição cultural negativa de outros mitos relacionados ao medo de apressar a morte.
Bem indicada com doses devidamente tituladas, a morfina é ótima no controle de dor e dispneia trazendo qualidade de vida para os pacientes.
Morfina vicia: como qualquer medicamento da sua classe, a morfina causa dependência física, o que não é, de modo algum, a mesma coisa que vício. Deve-se entender que pacientes que necessitam de um medicamento específico para controlar um sintoma ou processo de doença são dependentes da eficácia terapêutica.
A dependência física está presente devido ao risco de abstinência quando abruptamente suspensa. Também observado no uso de outros medicamentos como corticoides necessitando de desmame quando pretende suspendê-la.
Morfina pode matar ou acelerar a morte: Iniciada em doses baixas, sendo titulada de modo progressivo de acordo com a resposta do paciente de preferência iniciando com a apresentação de morfina oral de ação rápida não mata ou acelera o processo de morte, mas controla bem sintomas como dor, dispneia.
Gostou de conhecer mais sobre a morfina?
Visite os outros artigos do site para se manter informado!